sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Sobre a História da Psicologia, continuação (A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS, A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA E O CAMPO EPISTÊMICO - Arthur Arruda Leal Ferreira)



Diante de um mundo onde cabe à ciência decidir para muitos o que é verdadeiro e confiável, questioná-la em sua legitimidade se mostra essencial para que não acabemos coexistindo com uma visão de mundo ditada por uma instância inatingível e pensada somente nos interesses das pessoas que movem suas engrenagens. Esse tipo de conhecimento pode ser pensado ao fazer a Historia das Ciências, epistemologicamente fundada ela terá um “sentido legalizante” em que seu objetivo não se funda na mensuração das teorias acumuladas em cada campo, mas sim por tentar entender os contextos que possibilitaram o surgimento desses conhecimentos que se tornaram transmissíveis horizontalmente. Assim a psicologia defronta um grande desafio. Como legitimar seu conhecimento tão disperso e de objetividade duvidosa afronte outras ciências que são consideradas praticamente indubitáveis e que exigem das outras passar pelo teste de seu método rigoroso para que sejam “legalizadas”? Por meio de quatro correntes epistemológicas, será pensado suas concepções do Progresso das Ciências e de uma História da Psicologia.

1- Os positivismos (refinamento experimental): Tal julgamento epistemológico apareceu no século XIX com a nova filosofia desenvolvida por Augusto Comte. O conhecimento nele só existiria “na medida em que este for público observável e controlável” e sua evolução consiste na acumulação de saberes pelo método experimental que progride positivando-se cada vez mais a observação do objeto dado, porém, sem a noção de ruptura que permeia nossos olhares hoje (como por exemplo, a provocada pela teoria da relatividade de Einstein). Nesse meio a psicologia é tomada como inviável pelo próprio Comte, em suas palavras: “O indivíduo pensante não poderia se dividir em dois, um raciocinando, enquanto o outro o visse raciocinar. O orgão observado e o orgão observador, sendo, neste caso, idênticos, como poderia haver a observação?”. Contudo, duas corrente psicológicas buscaram à custa de suas racionalidades provarem o contrario. A Frenologia de Franz Gall (1837) e o Behaviorismo. O primeiro cedeu à busca de uma fundamentação sociológica e o último a uma psicologia estritamente comportamental, pensada com conceitos da evolução darwiniana e donde qualquer substância mental teria um sabor metafisico. Enfim, o maior obstáculo que o positivismo coloca diante a psicologia é o acumulo de conhecimento e sua superação, pois na psicologia encontramos somente o primeiro, tendo em vista que: “As diversas psicologias são, pois, incompatíveis entre si, mas sem conseguir, por outro lado, a rejeição das restantes. E por tal, prosseguem acumulando-se, sucedendo-se sem se superar, e se mantendo mais por uma questão de moda intelectual do que de resistência científica, coexistindo numa unidade muito mais consensual do que lógica.”.
2- O Racionalismo-aplicado (inteligência crítica): Instruída por Gaston Bachelard e Georges Canguilhem. Caracteriza-se pela distinção entre o objeto natural e o cientifico, e pela superação dos projetos equivocados, tendo em vista que o objeto da ciência não esta dado no mundo, ele é construído pelos próprios pesquisadores (da maneira a qual Kant concebeu em sua “Critica da Razão pura”) e desse modo constitui-se como uma “teoria controlada pela intenção de captá-la em erro”, porque sendo parte de um projeto margeado por um método e problema que lhe são próprios, está sujeita a tal. Logo o desenvolvimento da ciência passa através de cortes e rupturas, contrariando a anterior história da experimentação positiva. A história do racionalismo toma como referencia as atualidades, não linear e progressista. Em relação à psicologia, Canguilhem afirma: “De fato, de muitos trabalhos de psicologia, se tem a impressão de que misturam uma filosofia sem rigor, uma ética sem exigência e uma medicina sem controle”. Pois, “Não havendo unidade de projeto, não há racionalidade e, pois, positividade. Não se pode demarcar a história da psicologia enquanto uma história científica, ungida pela noção de progresso, e realizada na noção de ruptura, na superação dos erros primeiros... Na psicologia, ou não cabe nenhuma história das ciências ou cabem várias”.
3- O Paradigmatismo (consenso ou dissenso da comunidade): Thomas Kuhn levou em consideração primeira de seu pensamento a dinâmica, as forças externas de uma comunidade cientifica que permite o estabelecimento de uma teoria. O novo personagem central trata-se de um produto da coletividade e não mais do individuo isolado que exclama “Eureca” ao fazer uma descoberta. Assim, “todo progresso científico se processa na alternância consenso/dissenso em torno de paradigmas” o objetivo já não se exibe mais como a busca pelo desconhecido, agora ele se estrutura como uma organização do universo sob o que já é conhecido. Ao aparecer um dissenso entre a comunidade, há um desarranjo de toda aquela organização prévia e inicia-se a busca por novas teorias que tentam explicar esse novo “todo”, até que em algum momento a comunidade se realinhe por um consenso mútuo a uma nova teoria que responda a questão levantada. A psicologia, por se encontrar em uma “revolução constante” entre seus fundamentos, não seria capaz de organizar uma comunidade em torno de um paradigma para ser superado, ela seria muito imatura. Todavia, “Como lembra Stengers, a incomunicabilidade entre paradigmas rivais (das psicologias) não se deve a diferenças teóricas, mas a diferentes modos de se produzirem fatos e a diferentes padrões de observabilidade.”
4- A Analítica de Poderes (regime de poderes): Com essa concepção Stengers buscará compreender o processo de fundação das ciências e não seus fundamentos, sem ter como objetivo denunciar alguma. “De início, deve ser estabelecido que o que demarca a ciência não é a observância de um método, mas um acontecimento imprevisível, o operador, atrelado a uma captura de interesses pela comunidade científica.”. Logo, na construção das ciências, o interesse da comunidade será um fator a priori determinante de aceitação e continuação de um projeto, implicando na obtenção de aliados a fim de defendê-lo para que assim seja atribuído um significado ao objeto em estudo a posteriori aos interesses mobilizados. Desse modo formam-se “caixas pretas” que são testemunhos “definitivos” sobre algo. A analítica de poderes dessa abordagem vê o poder “sem referência a qualquer estado de apropriação substantiva por parte de um grupo dominante em detrimento dos demais, valendo-se para tal de estratégias negativas como violência ou engodo. Trata-se de poderes múltiplos, fragmentados, que se exercem de formas diversas, operando positivamente na produção de saberes.” Quanto a psicologia, o Behaviorismo fracassaria já que seu poder emana somente de cima para baixo, mutilando seu objeto de estudo. A de Piaget exerce o poder de modo unilateral produzindo comportamentos que só tem sentido em relação ao seu protocolo. E a psicanálise também sofre dessa última crítica, pois ela promove uma captura conceitual sobre si mesma, uma “ferida narcísica”.

Resenha: “Um jeito de ser” – Carl R.Rogers; 1980



    No século XX, enquanto a psicanálise de Freud ou o Behaviorismo de Watson tendiam a ter uma visão muito pessimista da natureza humana, a aproximação de Rogers era positiva e focada em ajudar as pessoas chegarem a seus ápices de completude. Carl Rogers nasceu em 1902 na cidade de Oak Park em Illinois. No início de sua carreira, estudou na universidade: Agricultura, Historia e Religião ate que largou essa ultima para estudar psicologia clinica na “Columbia University”. A partir dai se tornou Presidente da Associação Americana de Psicologia em 1947, escreveu dezenove livros, diversos artigos e em 1987 foi indicado ao Premio Nobel da Paz, também sendo o ano em que morreu deixando de legado sua imensa contribuição para a Psicologia Humanista.
    Antes de entrar em detalhes nas experiências narradas no texto é essencial discorrer sobre os assuntos tratados no capítulo três: a teoria humanista e sua abordagem centrada na pessoa. Inicialmente precisamos entender o que tange a tendência a realização e a tendência formativa, essas duas “constituem a pedra fundamental” da abordagem. “O organismo, em seu estado normal, busca a sua própria realização, a auto-regulação e a independência do controle externo”. Essa frase sintetiza muito bem do que se trata a tendência a realização, que ocorre em qualquer nível de um organismo vivo, não importando o ambiente nem mesmo se o estímulo seja interno ou externo, pois, sob essa perspectiva a vida é um processo ativo e não passivo. Tal processo não implica em “criar no individuo algo que ainda não estava lá”, o que importa pode ser observado na nutrição de condições que contribuam para o crescimento direcional. Para o terapeuta propiciar esse ambiente são necessários três elementos principais: a autenticidade ou congruência, a “aceitação incondicional” e a compreensão empática. Com esse clima as pessoas se tornam capazes de usar ao máximo seus recursos de auto-compreensão e de modificação de conceitos, tão logo refletindo no próprio crescimento do sujeito. A tendência formativa se caracteriza por ser uma concepção mais ampla: qualquer partícula passa de estruturas mais simples para as mais complexas. Nos, da inconsciência para o chamado awareness. Temos consciência do que acontece a nossa volta. Ou seja, todas as partes do universo estão em sintonia entre si numa espécie de “Ballet Cósmico”. Expressão que pode ser magnificamente sentida na combinação do poema sinfônico de Strauss “Also sprach Zarathustra” com a cena introdutória de “2001 uma odisseia no espaço”. Ou no momento deste mesmo filme quando estamos flutuando no cosmos infinito ao som da -waltz- “An der schönen blauen donau”, o belíssimo hino austríaco não oficial. Vale ressaltar a genialidade de Stanley Kubrick na montagem deste clássico.
    O restante dos capítulos narram sobre experiências em grupo e pessoais de Rogers, assim como cartas de pessoas que foram impactadas por ele. Nos relatos encontramos aplicações do Humanismo em diferentes contextos, Carl sempre comenta argumentando habilmente de modo a validar as características que considera pertencerem a “pessoa do futuro”. Sua escrita é bem simples no bom sentido, é fácil de ler e passa a sensação de estar numa conversa íntima com algum amigo. Mas sempre me encontrava em grande dicotomia, pois, me identificava muito com o que dizia sobre buscarmos autenticidade, abertura para o mundo e desejo de inteireza ao mesmo tempo em que achava piegas, inaplicável, e incoerente com a natureza humana e seu contexto socioeconômico. É difícil criticar o texto por que sua ideologia de vida proposta é tão bonita e a promessa da utopia humanista parece que salvaria a nos todos. Porem em algumas pesquisas me deparei com ideias que junto às minhas provam o contrário. Primeiramente: “…what real individuals, living in what real societies, workingatwhat real jobs, and earning what real income have any chance at all of becoming selfactualizers?” (Lethbridge, 1986, p. 90). Certamente não Herman, guarda de segurança que trabalhou na portaria de um dos Workshops
realizados por Carl. Que, ao perguntar sobre quando seria realizado um próximo encontro foi respondido com um “Não sei, talvez no próximo outono”. Muito formidável que os funcionários do evento sentiram toda a “vibração positiva” que o workshop causa, mas quantos deles mudaram de vida por causa disso? Ora, quando terão tempo para refletir sobre si mesmos, lerem livros sobre a Psicologia humanista e se preocuparem em tornar pessoas autenticas diante de um mundo com tanta ignorância e obrigações impostas pelo modo de vida capitalista? A realidade da maioria das pessoas é esta e alguns relatos sobre como Carl ajudou empresários, estudantes e trabalhadores da classe media não me convencem de que tal comportamento realmente seria uma semente para uma mudança positiva que no futuro entrelaçará todos nos.
    Em segundo lugar, uma análise derivada das perspectivas de Michel Foucault: Independente do individuo humanista ser pelo menos potencialmente capaz de se fazer uma pessoa melhor, de conceber as mais altas possibilidades de uma natureza humana intrínseca, de escolher os mais nobres valores humanos, um pós-modernista como
Foucault nega qualquer fundação, universal ou pressuposta normativamente sobre nossa natureza e rejeita qualquer noção de “Self” ou de “Self-Actualization”. Ele também vê esse individuo humanista como uma mera consequência das práticas de poder contrariando a visão de Carl de um individuo autônomo com uma natureza intrínseca (a tendência à realização). Para os pós-modernistas, a crença nesse tipo de natureza apenas reflete como as pessoas têm sido “enculturated” a pensar nelas mesmas como certos tipos de pessoas. (Pearson, Elaine and Podeschi, Ronald (1997). “Humanism and individualism: Maslow and his critics.,”).
    Enfim, o livro é uma excelente leitura e apesar das críticas, em diversos momentos percebi-me aplicando no meu dia-a-dia aquelas características do “ser humano futurista” de Rogers. Nestes momentos posso dizer que me sentia aliviado e feliz quando agia de maneira autentica, sem tentar criar uma fortaleza entre mim e os outros e revelando o que sentia emocionalmente em situações difíceis. Carl é um romântico sonhador e precisamos de mais pessoas assim nesta época obscura que estamos vivendo, onde direitos humanos básicos estão sendo feridos e claramente estamos retrocedendo, não só no Brasil percebido na figura do nosso presidente, mas também nos EUA e ate na Europa. Neste ultimo, partidos de extrema-direita estão ganhando tamanho em países inconcebíveis como a Alemanha. Ademais veja 2001 e aprecie toda a grandiosidade atemporal de um “Ballet Cósmico” visual e sonoro.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Sobre a História da Psicologia (Resumo comentado do texto: “Por que existem tantas psicologias?” De Arthur Arruda Leal Ferreira)



     A pluralidade do campo psicológico se apresenta como um dos principais aspectos para compreender a formação do mesmo, portanto, há de se entender como se deu essa evolução das correntes longitudinalmente e quais são suas consequências. A na Física opera a discordância entre diversas teorias, como, por exemplo, a dualidade partícula-onda que tenta entender a natureza da luz. Porém, “o que está em questão na psicologia é a sua própria definição, a sua linguagem, o que a caracteriza como ciência, o que ela deve estudar (seus objetos), como estudá-los (seus métodos), e a partir de que questões (sua problemática)”. Dessa maneira apresentam-se varias escolas com seus próprios sistemas para discutir questões relativas à psique análogas umas às outras, constituindo diferentes projetos científicos (Estruturalismo, Funcionalismo, Associacionismo, Gestaltismo, Psicanálise, Construtivismo, Behaviorismo...).
     Kant em “Critica da razão pura” faz severas criticas ao objeto de estudo da psicologia, culminando no seu famoso Veto, o que permite ter uma visão mais clara do que pode ter levado a essa grande difusão. A saber: o Eu, enquanto palco onde se dá todas as representações, caracterizado por sua subjetividade temporal, só pode ser dado, necessariamente, como sujeito do pensamento e, portanto só existe intelectualmente, a ele não pode ser dado predicados que só podem ser aplicados a coisas da experiência. Dessa forma o erro da psicologia racional é, através da análise do Eu, formular proposições tais como: (1) é substância, (2) é simples, (3) é idêntico, (4) está (ou não) em relação com objetos possíveis no espaço. Ora, tais proposições necessitam de provas dadas pela experiência e, relativo ao Eu, nada pode ser dado na experiência. Porque, apesar de parecer na consciência de nós próprios, numa intuição imediata, que possuímos uma substancialidade, esse conceito por nós formulado de nós mesmos permanece sem conteúdo e espaço. Ele, de fato, nada mais é que um sentimento de existência vazio e apenas representação em que se relaciona todo pensamento. Esse Eu será sempre o sujeito que conhece e nunca poderá tornar-se objeto do conhecimento, só temos consciência dele porque dele carecemos imprescindivelmente para a possibilidade da experiência. Assim, a impossibilidade de se conhecer o Eu acaba com todas as inspirações da psicologia racional. Não sendo possível uma psicologia racional, a psicologia, enquanto projeto científico, se vê em sérios embaraços. Só lhe resta a psicologia empírica, e esta, sem uma base a priori (que seria dada pela psicologia racional), estará limitada a uma simples disciplina histórica, de descrição de estados internos, não pertencendo, para Kant, ao ramo das Ciências Genuínas.
     É importante relevar o ponto de que essas psicologias distintas não possuem apenas um debate nominal, como se os diferentes objetos fossem os mesmos, mas com nominações diferentes, ou sobre pontos de vista individuais. Nesse caso seria preciso tomar o conhecimento de algo-em-si, como se existisse previamente com todas suas características e estivesse a espera de ser descoberto quando na realidade a natureza apenas aceita ou não nosso saber inventado. “Cada sistema representa pois, uma tentativa de impor sua linguagem, o seu modo de falar, de interrogar e examinar o seu suposto objeto psicológico em sua totalidade.” Então por que uma psicologia não se destaca diante das outras e clama para si o trono da legitimação? Basicamente, todas elas possuem provas empíricas, experimentais, argumentativas e de eficácia que sustentam suas ideias e não permitem serem contrariadas como invalidas já que cada sistema busca em seu próprio corpo teórico alternativas para proporcionar uma explicação. “Um exemplo típico é o recurso pela psicanálise à tese da resistência para justificar qualquer fracasso ou crítica exacerbada as suas teses.”
     Ao tentar explicar o homem, mostra-se necessário considerar a influência que é exercida nele por meio dessas novas linguagens. Tendo em vista que na era da reprodutibilidade técnica o acesso a esse tipo de informação esta ao alcance de qualquer um, ao obter popularidade ela pode acabar integrando o senso comum, como acontece com a psicanálise e seus termos de “inconsciente” e “complexo de édipo”. Decerto, saber desses instrumentos analíticos altera a forma como a prática deve ser pensada (apesar de consolida-la como verdade), pois, os atos do sujeito estão condicionados ao seu conhecimento e portanto ele passa a agir tendo em mente aquilo que a análise pretende interpretar, o que deve resultar num extremo abalo estrutural. A estratégia da psicologia para evitar a auto-produção do homem, decorrente do estudioso se confundir com o próprio objeto de estudo, pode ser pensada sobre o termo “maquina de múltiplas capturas” que consiste em três fases: “num primeiro momento, toma-se uma imagem científica (seja da física, da biologia, ou da informática) em consonância com um conjunto de práticas sociais. Num segundo momento, tal imagem, ungida pelo poder de sua inspiração científica, decalca-se sobre os sujeitos, reordenando num terceiro instante o conjunto de suas práticas, de onde ela mesmo surgiu.”. Evidencia-se assim a apropriação de ideias cunhadas por outras áreas do saber por parte da psicologia.
     Por fim, discordo do autor no ponto em que diz: “De que outra maneira as pessoas de nossa sociedade viriam a acreditar no significado dos sonhos, no ”primeiro amor edípico” ou na existência do inconsciente, senão pela transmissão e difusão da psicanálise? É por tal mecanismo que todas psicologias são eficazes.”. A meu ver, não existe necessidade das pessoas não estudiosas do campo acreditarem nas psicologias por meio de suas teorias, mas sim pelo seu resultado prático, social e experimental, pois, como abordei anteriormente, o conhecimento daquelas traria nada senão prejuízo. O conceito de aura como trabalhado por Walter Benjamin em seu famoso ensaio “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” se encaixa nesse contexto a psicologia, pois, no momento em que ela perde sua distância e unicidade, esta sujeita a tantas modificações que se tornaria impossível um desenvolvimento teórico coerente.

Sobre Indicações de Filmes

-À bout de souffle (Jean-Luc Godard)
-Une femme est une femme (Jean-Luc Godard)
-Le Mépris (Jean-Luc Godard)
-Masculine-feminine (Jean-Luc Godard)
-La chinoise (Jean-Luc Godard)
-Week-end (Jean-Luc Godard)
-Pierrot le Fou (Jean-Luc Godard)
-Les 400 coups (François Truffaut)
-Fahrenheit 451 (François Truffaut)
-L'homme qui aimait les femmes (François Truffaut)
-Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague (Emmanuel Laurent)
-The Killing (Stanley Kubrick)
-Paths of Glory (Stanley Kubrick)
-Spartacus (Stanley Kubrick)
-Lolita (Stanley Kubrick)
-Dr. Strangelove (Stanley Kubrick)
-2001: A Space Odyssey (Stanley Kubrick)
-A Clockwork Orange (Stanley Kubrick)
-Barry Lyndon (Stanley Kubrick)
-The Shining (Stanley Kubrick)
-Full Metal Jacket (Stanley Kubrick)
-Eyes Wide Shut (Stanley Kubrick)
-Ansikte mot ansikte (Ingmar Bergman)
-Persona (Ingmar Bergman)
-Smultronstället (Ingmar Bergman)
-The Godfather (Francis Ford Coppola)
-The Godfather Part II (Francis Ford Coppola)
-Apocalypse Now (Francis Ford Coppola)
-Mean Streets (Martin Scorsese)
-Taxi Driver (Martin Scorsese)
-Raging Bull (Martin Scorsese)
-Goodfellas (Martin Scorsese)
-Casino (Martin Scorsese)
-The Departed (Martin Scorsese)
-Shutter Island (Martin Scorsese)
-The Wolf of Wall Street (Martin Scorsese)
-Pepi, Luci, Bom (Pedro Almodóvar)
-Dark Habits (Pedro Almodóvar)
-High Heels (Pedro Almodóvar)
-All About My Mother (Pedro Almodóvar)
-Seven (David Fincher)
-Fight Club (David Fincher)
-Annie Hall (Woody Allen)
-Manhattan (Woody Allen)
-Zelig (Woody Allen)
-Manhattan Murder Mystery (Woody Allen)
-Memento (Christopher Nolan)
-The Dark Knight  (Christopher Nolan)
-Inception  (Christopher Nolan)
-Interstellar  (Christopher Nolan)
-Reservoir Dogs (Quentin Tarantino)
-Pulp Fiction (Quentin Tarantino)
-Jackie Brown (Quentin Tarantino)
-Kill Bill Vol. I and 2 (Quentin Tarantino)
-Death Proof (Quentin Tarantino)
-Inglourious Basterds (Quentin Tarantino)
-Django Unchained (Quentin Tarantino)
-The Hateful Eight (Quentin Tarantino)
-Once Upon a Time in Hollywood (Quentin Tarantino)
-Alien (Ridley Scott)
-Blade Runner (Ridley Scott)
-Citizen Kane (Orson Welles)
-The Stranger (Orson Welles)
-Rear Window (Alfred Hitchcock)
-Vertigo (Alfred Hitchcock)
-North by Northwest (Alfred Hitchcock)
-Psycho (Alfred Hitchcock)
-Eraserhead (David Lynch)
-Mulholland Drive (David Lynch)
-On the Waterfront (Elia Kazan)
-12 Angry Men (Sidney Lumet)
-The Silence of the Lambs (Jonathan Demme)
-Chinatown (Roman Polanski)
-The Exorcist (William Friedkin)
-The Third Man (Carol Reed)
-Rebel Without a Cause (Nicholas Ray)
-Johnny Guitar (Nicholas Ray)
-Battleship Potemkin (Serguei Eisenstein)
-Man with a Movie Camera (Dziga Vertov)
-The Big Lebowski (Ethan CoenJoel Coen)
-Scarface (Brian De Palma)
-American Beauty (Sam Mendes)
-American History X (Tony Kaye)
-Léon: The Professional (Luc Besson)
-El laberinto del fauno (Guillermo del Toro)
-Trainspotting (Danny Boyle)
-L.A. Confidential (Curtis Hanson)
-Snatch (Guy Ritchie)
-Lock, Stock and Two Smoking Barrels (Guy Ritchie)
-12 Monkeys (Terry Gilliam)
-Fear and Loathing in Las Vegas (Terry Gilliam)
-Brazil (Terry Gilliam)
-Le fabuleux destin d'Amélie Poulain (Jean-Pierre Jeunet)
-Get Out (Jordan Peele)
-Mad Max: Fury Road (George Miller)
-Monty Python and The Holy Grail (Terry GilliamTerry Jones)
-Monty Python's Life of Brian (Terry Jones)
-Monty Python's The Meaning of Life (Terry Jones)
-A Viagem de Chihiro (Hayao MiyazakiKirk Wise)
-Cidade de Deus (Fernando MeirellesKátia Lund)
-Central do Brasil (Walter Salles)
-Tropa de elite (José Padilha)
-Natural Born Killers (Oliver Stone)
-Easy Ryder (Dennis Hopper)
-Oldboy (Park Chan-wook)
-Serpico (Sidney Lumet)
-Donnie Brasco (Mike Newell)
-The Devil's Advocate (Taylor Hackford)
-Beeing John Malkovich (Spike Jonze)
-Paris Texas (Wim Wenders)
-Das Cabinet des Dr. Caligari (Robert Wiene)
-Dallas Buyers Club (Jean-Marc Vallée)
-American Psycho (Mary Harron)
-Black Swan (Darren Aronofsky)
-It Follows (David Robert Mitchell)
-Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance) (Alejandro González Iñárritu)
-The Life Aquatic with Steve Zissou (Wes Anderson)
-Zabriskie Point (Michelangelo Antonioni)
-The Hurt Locker (Kathryn Bigelow)
-Three Billboards Outside EbbingMissouri  (Martin McDonagh)
-La Passion de Jeanne d'Arc (Carl Theodor Dreyer)
-Nightcrawler (Dan Gilroy)
-Chasing Trane (John Scheinfeld)
-I Called Him Morgan (Kasper Collin)
-Filth (Jon S. Baird)
-Frank (Lenny Abrahamson)
-Tatuagem (Hilton Lacerda)
-Das Leben der Anderen ( Florian Henckel von Donnersmarck)